Depois
do assassinato de uma evangélica a tiros em Caruaru (PE), líderes
evangélicos criticam a cobertura desigual da mídia. Josefa Bezerra da
Silva foi morta por um pedreiro que tinha intenção de acertar seus
próprios filhos por irem à igreja.
O
crime aconteceu porque o pai de frequentadores da Casa de Oração Igreja
Evangélica Betel Pentecostal não aceitava que eles tivessem se tornado
evangélicos. Josefa foi atingida em meio aos tiros intencionados a
acertar os filhos do pedreiro, Vicente Henrique de Andrade, 50 anos.
“Se
fosse um pai que não aceitasse a decisão de seu filho de tornar-se um
gay e resolvesse matá-lo? Como reagiria a imprensa?” questionou o
blogueiro e Francisco Evangelista, membro da Assembleia de Deus em
Petrolina (PE).
“Com
certeza as manchetes seriam dominadas por expressões indignadas.
Possivelmente políticos, representantes dos poderes judiciário e
executivo estariam com as atenções voltadas para Caruaru”, continuou.
Em
seu blog, o evangélico Francisco mostra o contexto em que líderes da
causa LGBT clamam por tolerância aos gays e que, além disso, rivalizam
com os evangélicos, acusando-os de praticar ódio aos homossexuais.
Francisco destaca para uma maior atenção da mídia dos casos envolvendo
os homossexuais e o descaso com relação aos crimes contra os
evangélicos.
“A
mesma sociedade que não aceita qualquer tipo de vestígio de prática
homofóbica, absorve com naturalidade atos evangelicofóbicos”, diz o
blogueiro evangélico.
“Desde
quando o Brasil é Brasil, evangélicos são perseguidos, maltratados e
discriminados, em muitos casos patrocinados pela religião ainda
predominante no país.”
A
divisão ‘evangélicos e gays’ foi delineada devido à posição dos
evangélicos contra o homossexualismo, o que se tornou motivo de
acusações de homofobia por parte de militantes LGBT.
A
situação foi acentuada depois da nomeação do pastor evangélico, Marcos
Feliciano, deputado do PSC, no início de março, à presidência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM).
Os
evangélicos reclamam que os militantes querem criminalizar a opinião e
interferir em sua liberdade religiosa. Leis como a PLC 122, são vistas
por muitos como um privilégio aos gays em detrimento aos outros
segmentos da sociedade.
“Quando
algum gay é atacado, mesmo que não seja por conta da sua opção sexual,
logo os ativistas de plantão erguem a voz revoltados com mais um ato
‘homofóbico’”, diz Francisco.
“Quando
um evangélico é atingido por causa de sua fé, no entanto, há uma frieza
quanto a questão, e praticamente nada acontece. Alías, dá-se um
destaque especial, se um evangélico for suspeito da prática de algum
crime.”
“Chega
de uma imprensa e de um poder público tão tendencioso pró gays e
anti-evangélicos. Se estamos num país democrático, todos precisam ser
tratados iguais perante a lei.”
Acusado: Vicente Henrique |
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